O Tempo Vai Curar-me
Naquele ponto de ônibus, tão rapidamente tua alma tocou na minha. De forma sucinta senti teu calor, tua energia, teu anseio de vida. Teu sorriso ascendeu de forma a evaporar as minhas lágrimas, como se eu voltasse a ver cores, como se o coração agora, fosse vermelho novamente.
Logo estávamos saindo juntos, conhecendo pessoas e o olhar furtivo muitas vezes, brilhava ao criar expectativas tão declaradamente. Tua pele transparecia sua alegria ao me ver, e eu bobo. Bem... Eu voava a teu encontro. Aquele bilhete ainda guardo, como louça delicada. Teu gesto complementou as poucas palavras que nele encontrei.
Beijar você era loucura, mas era uma sensação diferente a cada toque em teus lábios, teu abraço abrigava meu mundo e teu cheiro restaurava a fé que perdia ao ficar longe de ti. Saudades das expectativas que no final das contas, apenas eu criei e agora são cacos, e não se culpe, pois fui avisado por obséquio. Acho que não queria acreditar que fosse ilusão, mas ainda é!
Não se apaixone por mim!
Essas são as palavras que ecoam na minha mente a todo momento que você surge, e então elas se complementam em um tom mais baixo e triste.
Posso não criar esse sentimento!
Como alguém pode criar um sentimento em outro alguém e não em si mesmo antes?
Como faço agora?
Como conquisto teu mundo para então entregar a você da minha maneira?
Como posso voltar naquele ponto de ônibus?
Você vai estar lá?
Tudo bem meu amor.
Porque agora o Tempo ... vai curar-me
Por: Tales Bocker
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