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Somos flores, Porque Somos Poetas


Quando nasce um poeta, tenho a certeza de uma vida em anseios. Creio ser um pouco tolo em generalizar este acontecimento, mas basta pensar em tudo que pode ter acontecido a este poeta caído, pois tao majestosa é sua beleza perante a sua trajetória empírica. Quantos poemas belíssimos já passou por seus lábios logo após sua transcrição, quantos desejos de vida, dor e alegria ali nele impressos.
Mas não sei ser poeta. Disse a flor, talvez fosse uma orquídea, outrora margaridas a desmanchar-se em pétalas faladas, e não escritas. Certo dia ei de sonhar que os poetas se reuniam em um jardim, estavam lá pomposas e tagarelas a exibir palavras de um dia qualquer. Se encontraram girassóis, tulipas, rosas e tantas outras que o arco-íris até quis juntar-se para poetizar novas cores. Neste dia a beleza dos tantos poetas fez brotar a poesia da orquídea que implicitamente, no fundo no fundo, já explodia em melodia:

Nasci flor senhor
Quando crescer sol
Pedirei a lua

Mas afinal, em que baú se resguarda tal beleza da flor? De bom grado te respondo. Nessa busca incessante descobrirá tanto sobre si, que guardar sua beleza num baú não será mais necessário. Tua poesia está na essência, no seu viver, nesse teu anseio de compreender o mundo. Não pare! Mergulhe nesse oceano antes que ele engula sua ilha do medo, pois não nasce um poeta sem exprimir seus desejos.
Creio ser poeta quando nasci, quando desejei, quando conquistei. Mas sou mais poeta ainda quando ouço de minha boca, da sua boca e do jardim todo, as palavras de vida e dor que eu não sentia até então.

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